Rui Costa pediu. Jorge Jesus ensinou. Di María ouviu, aplicou-se e os resultados apareceram na noite chuvosa de anteontem em Matosinhos. A vedeta argentina fez num único jogo aquilo que não conseguira ainda fazer desde que chegara ao Benfica, no início de 2007/08: marcou três golos para o campeonato, assinando ao mesmo tempo o primeiro hat trick da sua carreira (e até poderiam ter sido quatro não tivesse o árbitro anulado um golo, alegando erradamente fora-de-jogo de Angelito).
E foi às ordens do maestro que o camisola 20 tocou a música que deu mais uma vitória ao Benfica. O director-desportivo conversara com o jogador, de 22 anos, na passada semana, pedindo-lhe que consubstanciasse em golos as boas exibições que tem feito esta época. Na verdade, Di María ainda não tinha marcado qualquer golo na presente edição do campeonato, somando cinco golos oficiais mas apenas na Liga Europa (4) e Taça da Liga (1). Daí ter sido ainda mais simbólico o cumprimento dado por Rui Costa a Di María no final do encontro com o Leixões, ainda em pleno relvado.
Também Jorge Jesus queria golos dos pés ou da cabeça de Di María, tendo admitido anteontem que tem treinado a finalização com o internacional argentino: "Di María sempre foi um jogador criativo, mas nunca foi de fazer muitos golos. Por isso, estamos a trabalhar com ele durante a semana para mudar essa tendência. E está a dar resultado", afirmou o treinador. Na primeira época no Benfica, Di María fez apenas um golo, tendo subido para quatro na temporada passada.
Com os golos associados às exibições de luxo, é cada vez mais certa a saída do camisola 20, no final da época, para um "gigante" europeu. Desde o Chelsea, ao Manchester United, passando pelo Inter e pelo Real Madrid, todos estão interessados. Aliás, na SAD encarnada já há quem pense que 40 milhões de euros pela cláusula de rescisão, afinal, começa a ser pouco...
Por Ana Proença / Sérgio André
In OJogo
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