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30 maio, 2010

Capas do Dia 30 Mai. 2010


‘I gotta feeling’ que a Selecção não desperta ‘feelings’ . . . Por Ricardo Araújo Pereira

Junto a minha voz à daqueles que se indignam por o hino oficioso da Selecção não ser uma canção portuguesa. Não por patriotismo, mas por coerência com a realidade: creio que a música mais apropriada para este nosso conjunto seria um fado. Antigamente, todas as janelas do País tinham de ostentar uma bandeira portuguesa, mesmo que tivesse pagodes no lugar de castelos. Agora, ninguém vai aos chineses comprar uma bandeira nem que tenha sido bordada à mão pela padeira de Aljubarrota e tingida com sangue de D. Afonso Henriques.

Capas do Dia 29 Mai. 2010


Excerto do livro do Javier Saviola !


"Ao longo da carreira encontrei vários tipos de adeptos. Dos fanáticos de Sevilha, aos low profile do Mónaco. Mas como também já referi, não encontrei nenhuns com a genuína paixão dos benfiquistas. É quase inexplicável. Sente-se olhando fundo nos olhos das pessoas. Sente-se nas manifestações espontâneas nas ruas, nos restaurantes, no estádio. Sente-se nas cartas que recebemos (...).
Quem já passou pelas mesmas situações - em países diferentes, com clubes diferentes e adeptos diferentes - sabe distinguir claramente os sentimentos. Aqui é distinto. Garanto!."

"O Benfica é um clube muito especial. Não digo isto para ser politicamente correcto ou conquistar o coração de quem quer que seja. Aliás, antes de vir para Portugal, posso confessar que desconhecia em absoluto esta grandeza.
O Benfica foi-me conquistando e convencendo com factos. É daqueles clubes que te surpreende dia após dia.
Quando conto isto a alguns colegas de outros clubes eles estranham. Como é que alguém passou pelo Real Madrid ou Barcelona se pode surpreender? A explicação é simples. O Real ou o Barça são como teatros gigantescos e nós, os jogadores, somos os actores principais de uma grandiosa encenação. No Benfica é outra coisa, mais ligada ao sentimento, ao povo, à paixão. Vem das raízes, é genuíno.
Os adeptos conseguem transmitir-nos exactamente o que lhes vai na alma. Sentimos essa força na pele. (...)
Cheguei a dizer ao Jorge Jesus: "Mister, isto nem no Madrid!"
O mesmo já tinha acontecido no estágio da Suiça. No meio das montanhas, num local quem nem vem no mapa, havia centenas de benfiquistas a apoiar-nos. Após o primeiro treino liguei à minha mãe e disse: "Mãezita, este clube é impressionante!"


Saviola”