…e vão dez assistências de Angelito em todas as competições - triplica o registo do ano anterior e só vamos a meio da temporada (três em 2008/09). Uma boa assistência é meio caminho andado para o golo e Di Maria tem feito a diferença por aí.
Na última jornada, frente ao Marítimo, dois momentos de inspiração do extremo benfiquista resultaram noutros tantos golos - um para Maxi Pereira outro para Luisão. Di Maria não deixa espaço para os adversários e cilindra também a concorrência interna com as suas dez assistências (seis no campeonato, mais quatro do que na temporada anterior, e que lhe valem o estatuto de melhor nesta vertente). Fábio Coentrão, Aimar e Cardozo também namoram o lugar do internacional argentino, mas este para já vai rejeitando companhia. Aliás, as primeiras quatro posições do ranking da Liga são ocupadas pelos jogadores encarnados.
Mas afinal quem é o principal destinatário da benevolência de Angelito? Saviola. Talvez seja uma questão de linguagem (ou talvez não...), mas a verdade é que El Conejo já sabe como e onde se posicionar na área para receber os passes de Di Maria. Os ingleses do Everton que o digam, pois viram os dois jogadores combinarem na perfeição em três ocasiões, na fase de grupos da Liga Europa. A outra foi diante da Académica de Coimbra para o Campeonato.
Se o último passe é uma das suas armas, já na finalização fica muito aquém do esperado. Di Maria aparece inúmeras vezes em zonas de finalização, mas os seus remates normalmente não chegam ao destino desejado pelos encarnados.
Esta temporada, por exemplo, só em três ocasiões logrou atingir o objectivo e sempre nas competições europeias. O internacional argentino revela alguma alergia a nível interno e ainda não conseguiu bater nenhum guarda-redes nas provas nacionais. Os ucranianos do Vorskla Poltava e os gregos do AEK (2 golos) sentiram na pele o veneno do camisola 20 da Luz.
Além de demonstrar alguma ansiedade na hora do remate, Di Maria nem sempre tem tido um comportamento exemplar durante os jogos e o seu percurso fica marcado pela agressão a Carlos Fernandes durante o Olhanense-Benfica e que lhe valeu a expulsão e ausência no clássico com o FC Porto.
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