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25 fevereiro, 2010

Jorge Jesus evoluiu para o top mundial

À entrada para o último terço da época, um dado salta à vista: as últimas equipas treinadas por Jorge Jesus conseguem ter ainda mais rendimento, na segunda volta, do que haviam tido na primeira. Até agora, o técnico tem apenas meia dúzia de temporadas completas no currículo e, das três primeiras , é notória uma evolução para as últimas. Ao serviço de Belenenses e Braga, fez sempre mais pontos na segunda volta do campeonato. Portanto, cai por terra aquela teoria de que as equipas de Jesus "morrem" na segunda volta devido ao cansaço. Aliás, o treinador do Benfica garante que a equipa está "fresca como uma alface".
Diamantino Figueiredo integrou-se em equipas técnicas de Jesus durante quatro anos e meio - entre Setúbal e Belenenses - como treinador de guarda-redes e adianta que o segredo está na qualidade do técnico. "Ele evoluiu muito e está hoje a um nível mundial. Em termos de qualidade de treino, de preparação e de estudo pormenorizado, está num patamar muito elevado. Tem uma visão do jogo fora do normal. É um dom. Já no Belenenses, preparava coisas nos treinos que mais ninguém fazia".

Figueiredo acrescenta que "nesta gestão entra muito, muito trabalho de laboratório", na Luz conseguido através do LORD (Laboratório de Optimização do Rendimento Desportivo): "Se já no Belenenses era assim, imagino no Benfica... O Jesus sabe tudo sobre os jogadores, pede análises e afins regularmente, e depois gere o esforço de cada um individualmente. Todos são estudados ao pormenor. Ele sabe quando um jogador está em fadiga ou perto disso, e é extremamente cauteloso com esses aspectos. As boas equipas são aquelas que conseguem manter a intensidade de jogo, e o segredo das boas segundas voltas é esta gestão, feita sempre em sintonia com os médicos e todos os outros técnicos."


Para além da "constante actualização" de Jesus, há outros factores que ditam a franca melhoria nas segundas rondas. "Num Belenenses ou num Braga, há 18/19 jogadores de valor semelhante e, no Benfica, ainda mais. Logo, com a sua qualidade em termos de potenciar o trabalho da vasta equipa que o rodeia, ele vai gerindo o esforço dos jogadores de forma a que a intensidade de jogo da equipa se mantenha", remata o treinador de guarda-redes.

Guarda-redes "bem geridos" 

Jorge Jesus definiu uma estratégia não estanque entre os guarda-redes: Quim para a Liga Sagres, Júlio César para a Liga Europa, e Moreira para a Taça de Portugal. Na Taça da Liga, já jogaram os três, o mesmo acontecendo na Liga Europa, embora Quim e Moreira só tenham feito um jogo nesta competição. E para o antigo treinador de guardiães de Jesus, Diamantino Figueiredo, esta gestão "tem sido bem feita". "Tem dado certo até agora, e isso é importante. Os resultados têm aparecido e, também nesse capítulo específico dos guarda-redes, creio que o Jorge Jesus e a restante equipa técnica têm trabalhado bem", concretiza.

In OJogo

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