1 - Parece-me que já há campeão
Depois da importantíssima vitória de ontem do Benfica, parece-me que está encontrado o campeão. Segurando uma vantagem de seis pontos, quando só há nove para disputar, acredito que tudo ficou decidido, embora se possam fazer ainda algumas conjecturas e especulações, até porque se pode dar o caso de o Benfica ir ao Dragão a precisar de um ponto, o que serviria para apimentar o jogo.
2 - À espera de que Di María resolva
Na segunda parte, o Benfica pausou mais o jogo, apostou na segurança defensiva e, como é costume sempre que tem problemas de organização ofensiva, esperou que Di María provocasse os desequilíbrios que permitissem fazer mais golos. Foi assim no segundo e no terceiro, sendo que este último matou o jogo. O segundo golo da Académica surgiu demasiado tarde para que as coisas ficassem feias para o líder. Ou seja, mais uma vez Di María resolveu um jogo que se poderia complicar num momento crucial do campeonato. Nesta altura das decisões, cada jogo vale mais do que os três pontos que se contabilizam. Para o Benfica, tratou-se de uma vitória fundamental.
3 - Weldon não é aposta de risco
A titularidade de Weldon e os dois golos que marcou não me surpreendem. Weldon não é uma aposta de risco; é um bom finalizador, um rato de área, como se costuma dizer. Talvez não tenha jogado tanto como seria de esperar ao longo da época, mas sempre que teve oportunidades, deu respostas positivas. Fez dois golos na Naval e ontem mais dois, porque tem instinto de matador e, mais importante ainda, quando a equipa precisou dele esteve lá para ajudar a resolver os problemas. Em Coimbra, não foi a figura principal, mas um actor secundário muito importante. Do principal, Di María, já ficou referido o mais importante; sempre que é preciso, endossam-lhe a responsabilidade e ele nunca vira a cara. O Benfica tem três jogadores que têm sido peças-chave - Di María, Aimar e Saviola -, mas Di María é o grande desequilibrador.
Uma referência também para Coentrão, que esteve irrepreensível a defender. E se não é fácil para um lateral de raiz ter pela frente Di María, que ajuda pouco nas tarefas defensivas, é-o ainda mais para um jogador adaptado. Mas Coentrão percebeu que tinha de se sacrificar, pois era a forma de poder jogar neste Benfica.
4 - Jesus mais cauteloso
Novidade no Benfica do último terço do campeonato tem sido a cautela adoptada por Jorge Jesus. Tem optado por esquemas mais seguros e acabou com a euforia dos dois terços iniciais, em que queria sempre marcar mais golos. Agora tem apostado em atitudes realistas. Basta atentar nas substituições que fez ontem, privilegiando o povoamento do meio-campo e a organização defensiva. Trocou Cardozo por Carlos Martins e Aimar por Ramires para reduzir espaços e controlar a reacção da Académica. Só na permuta Weldon/Kardec foi troca por troca. Há pouco tempo, Jesus não fazia coisas destas.
In OJogo
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