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16 março, 2010

Benfica - Paços de Ferreira . . . Por João Vieira Pinto

1 Outra demonstração de força

O Benfica deu mais uma demonstração de força e mostrou o porquê de estar na liderança do campeonato. A equipa voltou a entrar muito forte, procurou resolver as coisas logo nos primeiros minutos e não foi por acaso que aos 16' já vencia por 2-0. 

É certo que beneficiou de alguma desorganização inicial da defesa do Paços de Ferreira, que depois de corrigir os erros jogou na Luz com uma atitude fantástica. Não teve medo de ter a bola, trocou-a, atacou com perigo em lances de velocidade, conseguiu o 2-1 e teve o mérito de fazer tremer o Benfica. Por momentos, a equipa da casa, que estava a impor uma pressão e uma intensidade de jogo muito elevadas, com Dí Maria a criar desequilíbrios constantes, teve de se acautelar. O Paços de Ferreira criou sérios problemas ao Benfica e a entrada de Candeias foi fundamental para a melhoria, uma vez que deu mais velocidade.


2 Paços de Ferreira criou desconfiança nas bancadas

O atrevimento visitante fez com que tivéssemos assistido a um bom jogo, pois é sempre positivo quando uma equipa tida como mais pequena se dispõe a discutir o resultado. E o Paços de Ferreira, mesmo expondo-se e deixando que o jogo se partisse, lutou pelo golo do empate, conseguiu transmitir às bancadas um sentimento de desconfiança que durou até o Benfica fazer o 3-1. Curiosamente, depois de se sentir confortável, a equipa da casa jogou melhor, foi mais organizada, entusiasmou os adeptos, procurou aumentar a vantagem, controlou o jogo à vontade.


3 Benfica tem cultura de vitória

A forma como Benfica tem reagido à pressão dos resultados, à obrigação de não falhar, evidencia que o grupo tem cultura de vitória, é uma equipa entusiasmada, confiante e determinada que não tem vacilado na hora da decisão. Na Liga Europa, mesmo que os responsáveis benfiquistas afirmem não ser uma prioridade, a eliminatória com o Marselha será mais um bom teste às capacidades de um Benfica moralizado, pois vai defrontar um adversário de grande valia, mas tem motivos para estar confiante.


4 O melhor plantel

Ontem, o Benfica mostrou mais uma vez que tem o melhor plantel, o mais equilibrado da Liga, que permite ao treinador geri-lo sem quebras de rendimento. Frente ao Paços de Ferreira faltaram os titularíssimos Javi García, Ramires e Aimar, três num meio-campo de quatro, e a verdade é que não se deu pela falta deles. A equipa vence e empolga os adeptos. Carlos Martins já antes tinha feito grandes jogos no lugar de Aimar e Rúben Amorim é um jogador muito táctico, que faz várias posições e tem aparecido mais atrevido. Por fim, aquela que parecia ser a grande complicação do Benfica, deixou de o ser. Durante parte da época pensou-se que a equipa iria passar por momentos de dificuldade quando não tivesse Javi García, por ser único na posição. Agora, apareceu Airton e fê-lo muito bem, transmitindo os equilíbrios necessários e provando que, pelo menos desde a reabertura de mercado, também para esse lugar há dois jogadores de qualidade.

In OJogo

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